A organização internacional Greenpeace publicou nesta quinta-feira (18) um relatório no qual destaca a rejeição aos transgênicos manifestada por diferentes governos e empresas. O representante do Greenpeace, Jeremy Tager, denunciou em comunicado que ?há provas irrefutáveis de que governos, agricultores e consumidores de todo o mundo reconhecem que a engenharia genética é pouco confiável, inviável e perigosa?.
Tager ressaltou que a rejeição à manipulação genética aumentou desde o escândalo na empresa Bayer, em 2006, desencadeado quando uma variedade proibida de transgênico, a LL 601, foi descoberta em cultivos de arroz de grão longo nos EUA.
O Greenpeace destacou as reações contrárias aos transgênicos de empresas como a espanhola Ebro Puleva, que, segundo a organização ambientalista, decidiu produzir arroz livre de manipulação genética por causa do escândalo da Bayer.
Além disso, diversos produtores da Califórnia pediram a proibição do cultivo de arroz transgênico nesse estado. Segundo os ecologistas, iniciativas semelhantes surgiram na Tailândia, na Índia, no Vietnã e na China.
O Greenpeace publica estas reações horas antes da divulgação do relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA), organismo que promove o cultivo de transgênicos.