Duas manifestações de protesto marcaram o primeiro dia da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Reino Unido. Um pequeno grupo de ativistas do Greenpeace realizou uma vigília silenciosa contra a destruição na Amazônia enquanto Lula e a rainha Elizabeth II passavam, numa carruagem, pelo Pall Mall, em direção ao Palácio de Buckingham. No mesmo local, sob forte chuva, dezenas de integrantes da campanha que defende a libertação do britânico Craig Alden – condenado no Brasil por abuso a menores – também protestaram contra o chefe de Estado brasileiro.

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Cerca de 30 manifestantes do Greenpeace com camisetas da seleção brasileira de futebol portavam faixas com a frase "Deus Salve a Amazônia", em inglês e português. Eles diziam que uma área equivalente a um campo de futebol é destruída a cada 10 segundos na Amazônia. "Lula, que visita o Reino Unido, tem presidido sobre níveis maciços de desflorestamento da Amazônia", disse o Greenpeace em nota à imprensa.

A manifestação pela libertação do inglês Craig Alden foi liderada por sua mãe, Maureen. Ela afirma que seu filho, que administrava um orfanato em Goiás, é inocente e que o processo na Justiça brasileira não foi justo. Alden está detido desde julho de 2002 e cumpre pena de 11 anos em regime fechado.

Os governos do Brasil e da Grã-Bretanha assinaram hoje um acordo para ampliar a cooperação em assuntos de mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. O documento, semelhante aos que Londres assinou com Índia e China, prevê a criação de grupos de trabalho em cinco áreas, entre elas a pesquisa de energias limpas.

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