Thomas Coex/AFP
Grécia e Nigéria tentarão nesta quinta-feira, em Bloemfontein, evitar o ostracismo entre os torcedores depois da estreia trágica que tiveram nesta Copa, com derrotas para Coreia do Sul e Argentina, respectivamente.
Não é, de fato, uma tarefa das mais fáceis, pois a seleção que perder só continuará na África do Sul se for para turismo, já que os europeus foram derrotados por 2 a 0 pela Coreia do Sul e os africanos levaram 1 a 0 da Argentina.
Assim como no campo econômico, quem está em situação especialmente delicada são os gregos, que mostraram um futebol pífio, enquanto os nigerianos, mesmo tendo igualmente perdido, atacaram a Alviceleste com relativa eficiência.
A Grécia não soube aproveitar o entusiasmo do título da Eurocopa de 2004, tanto que não foi para a Alemanha dois anos depois. Os torcedores de Portugal, que estava naquela final do campeonato europeu, não perdoaram na última Copa: “Grécia, onde você está agora?”, dizia um cartaz.
Pergunta semelhante estão perto de fazer os torcedores gregos, que, em um Mundial pela segunda vez, esperavam bem mais da estreia diante da Coreia do Sul. O atacante Dimitrios Salpingidis (Panatinaikos) garante que há chances de uma recuperação: “Ficamos muito mal com a derrota, mas já mostramos (em ocasiões anteriores) que somos capazes de superar obstáculos”.
O jogador europeu admite que a Nigéria é forte no ataque, mas defende a Grécia: “Também mostramos nos últimos anos, em grandes partidas, que temos uma defesa compacta e um contragolpe veloz”.
As Super-Águias, dentro da máxima de que uma andorinha só não faz verão, esperam que a prova de fogo desta quinta não fique nas garras do goleiro Vincent Enyeama, que rapinou a Jabulani como verdadeira presa em grande parte das tentativas argentinas.
O atacante Obafemi Martins (Wolfburgo-ALE), que entra sempre no segundo tempo, disse que uma vitória no Free State é item de primeira necessidade: “Simplesmente precisamos dos três pontos, mas temos uma boa chance”. O técnico sueco Lars Lagerback se diz “muito confiante” sobre a partida, apesar de a Nigéria não vencer em Mundiais desde a França de 1998.
Prováveis escalações:
Grécia: Alexandros Tzorvas – Vassilis Torosidis, Avraam Papadopoulos, Loukas Vyntras, Giourkas Seitaridis – Georgios Samaras, Alexandros Tziolis, Konstantinos Katsouranis, Georgios Karagounis (cap.) – Angelos Charisteas, Theofanis Gekas. Técnico: Otto Rehhagel (GER).
Nigéria: Vincent Enyeama – Chidi Odiah, Joseph Yobo (cap.), Danny Shittu, Ismael Taye Taiwo – Dickson Etuhu, Sani Kaita, Lukman Haruna, Yakubu iyegbeni – Victor Nsofor Obinna, Chinedu Obasi. Técnico: Lars Lagerback (SWE).
Árbitro: Oscar Ruíz (COL)
