Briga no início e incêndio de um dos oito banheiros químicos depredados pela torcida do Grêmio aos 13 minutos do segundo tempo, foram os lamentáveis incidente do Gre-Nal 366, neste domingo, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, em Porto Alegre, que terminou em 0 a 0. Com o empate o Inter, que jogou com um time reserva, ficou na vice-liderança com 26 pontos ganhos, enquanto o Grêmio, com 17, chegou ao 11º lugar.
Antes do início, torcedores do Grêmio derrubaram uma grade que os separava da torcida do Inter, tentando invadir o espaço colorado. Foram contidos a tempo pelos soldados da Brigada Militar (polícia militar gaúcha) com muitas pancadas de cassetetes e bombas de efeito moral.
No início da segunda etapa, com muitas pedras, esses mesmos torcedores impediam que os bombeiros tentassem apagar o fogo, o que só foi possível com a intervenção do Batalhão de Operações Especiais da BM.
No jogo, quem esperava um maior predomínio do Grêmio, devido ao seu maior entrosamento, se surpreendeu com a boa postura dos reservas do Inter, que controlaram bem o ímpeto adversário. Por isso, as situações de gol foram raras.
A melhor foi do Grêmio. Aos 32 minutos Rômulo driblou Ediglê e chutou na trave. O Inter, mesmo com muito esforço, não conseguiu nada em termos ofensivos: "O jogo foi equilibrado. Precisamos melhorar para chegar ao gol", disse o técnico do Inter, Abel Braga. Mano Menezes, do Grêmio, lamentou as chances de gol perdidas: "Temos que manter o ritmo, pois estamos jogando melhor".
No segundo tempo, o jogo, mesmo movimentado, não teve grandes situações de gol. Um chute de Patrício para grande defesa de Renan, aos 33 minutos foi o que de melhor aconteceu num clássico fraco tecnicamente e que, devido aos acontecimentos extra-campo, não merecia um melhor resultado.