Depois que deixou a gravadora BMG, segundo ela Gal Costa, por vontade própria, ela já passou pela extinta Abril Music, onde lançou um CD, "Gal Bossa Tropical"; pela Indie Records, onde gravou mais outro CD, "Todas as Coisas e Eu". Com a gravadora Trama, com a qual lança o primeiro CD, Gal fechou contrato no final do ano passado para dois projetos. "Certa vez, liguei para o Cesar Camargo para combinarmos de gravar o CD do Chet Baker. Jantamos juntos e foi quando ele me disse que João Marcello Bôscoli (presidente da gravadora) queria que eu viesse para a Trama. Fui na gravadora no dia seguinte e a proposta deles vinha ao encontro do que eu desejava."
Gal não é o único nome da constelação da música brasileira, em meio à crise do mercado fonográfico, a migrar das grandes para as pequenas gravadoras. Recentemente, Chico Buarque assinou contrato com a Biscoito Fino, para a gravação, a princípio, de um CD. Maria Bethânia tem contrato de cinco anos com a mesma gravadora, depois de ter passado praticamente por todas as multinacionais do País. Naquela ocasião, Bethânia justificou sua decisão afirmando que, naquele momento, era o melhor para ela. "Tenho na Biscoito uma estrutura que tinha nas multinacionais, com todas as condições de trabalho", disse em entrevista na época.
Em maio do ano passado, Djavan anunciou a criação da própria gravadora, a Luanda Records, após 22 anos de Sony Music. Sua gravadora iniciou as atividades com o lançamento de seu CD "Vaidade". "Esse foi um grande desafio", disse.