As capitais dos principais estados brasileiros, historicamente os grandes centros de produção, estão perdendo empresas para municípios do interior. Em conseqüência, tem diminuído a participação dessas cidades no Produto Interno Bruto, ao mesmo tempo que se confirma a tendência de interiorização da economia. Esta é uma das conclusões da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas ? 2002, divulgada hoje, nesta capital, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa, que constatou a existência de cerca de 5 milhões de empresas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, em 2002, comprova também que, enquanto as capitais tiveram um aumento de 33,9% no número de unidades locais, os municípios do interior tiveram aumento de 45,5%. O mesmo aconteceu com o nível de ocupação, que aumentou 11,4% nas capitais e 31,8% no interior.
Em 1997, as capitais tinham participação de 32,4% no número de unidades locais e de 40,9% no total de pessoal ocupado. Em 2002, esses números caíram para 30,6% e 36,9%, respectivamente.
Já os municípios do interior, que em 1997 detinham 67,6% das unidades e 59,1% do pessoal ocupado, passaram, em 2002, para 69,4% e 63,1%, respectivamente.
Ainda assim, a pesquisa constatou ?alto grau de concentração da produção nas principais capitais?. Em 2002, os 24 maiores municípios brasileiros juntos responderam por um terço do total de unidades locais e por 39% do total da ocupação do país.

Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna