Travesseia frenética!

Grande movimento rumo ao litoral gera filas no ferryboat! Programe-se

Procura pelo serviço é alta em janeiro e fevereiro. O conselho ao usuário é reservar algumas horinhas a mais para a viagem. Foto: Lineu Filho.

Aproximadamente 100 mil veículos utilizaram o ferryboat do litoral paranaense durante o Natal e Ano Novo. Os dados são da Concessionária Travessia de Guaratuba, que tem trabalhado com todas as embarcações disponíveis para atender a demanda.

Segundo a companhia, os dias com maior fluxo no sentido Guaratuba foram sexta e sábado, enquanto a volta sentido Matinhos começou com muitas filas no domingo e deve continuar assim hoje das 8h às 12h e amanhã, das 15h às 23h. No entanto, a procura pelo serviço também continuará alta durante os meses de janeiro
e fevereiro. Por isso, o conselho é que os usuários que pretendem realizar a travessia nesta época programem a viagem com algumas horinhas a mais. “Eu já fiquei até três horas aguardando na fila para
atravessar no ferryboat, então sei que a travessia vira um caos durante a temporada”, comentou
Mauro Leonel, usuário frequente da balsa.

Todo Vapor

Para atender viajantes como ele, a empresa afirma que está atuando dentro de um planejamento específico com três unidades de ferryboat que atravessam até 52 veículos por vez e também duas balsas com capacidade para 75 automóveis. “Além disso, conforme a demanda nós estamos atendendo com quatro cabines de cobrança, duas em cada sentido”,  informou Fabio Antonio Rossi, gerente da concessionária.

Segundo o encarregado de operações Luiz Carlos Morr, que trabalha dentro de uma das embarcações,
o sistema funciona bem. No entanto, se um ferryboat precisar de manutenção em horários de pico, atrasos podem acontecer.

  • TABELA DE PREÇOS
    R$ 6,40 R$ 3,20
    por eixo: R$6,40

“A bolsa possui o rebocador separado, então podemos arrumá- la sem que a embarcação pare de funcionar. Só que o ferryboat tem esse rebocador acoplado, então, se estragar, ele ficará parado
até que a manutenção seja realizada”, informou.

Para usuários como Anisio Bianchin isso não é um problema. Morador de Santa Terezinha de
Itaipu, ele sempre desce para o litoral com a família para descansar e não se estressa se quando a embarcação demora. “Como eu venho a passeio, não vejo problema em esperar porque essa travessia
faz parte da viagem”, garantiu.

 

Ferryboat atravessa até 52 veículos por vez e há também duas balsas com capacidade para 75 automóveis. Foto: Arquivo.
Ferryboat atravessa até 52 veículos por vez e há também duas balsas com capacidade para 75 automóveis. Foto: Arquivo.

E a antiga história da ponte?

Entretanto, ele comenta que utilizaria outro caminho se tivesse opção para isso. “Já ouvi falar a respeito do projeto de uma ponte até Guaratuba. Se esse projeto saísse do papel, com certeza eu atravessaria
por ela para chegar mais rápido ao meu destino”, pontua.

Esse plano citado por Anísio é um reivindicação dos usuários há mais de cinco décadas. No entanto,
até hoje não saiu o papel. “Nós precisamos muito dessa ponte para beneficiar o turista, ajudar o comércio
local, valorizar os imóveis da região e, principalmente, facilitar a situação dos estudantes que moram em Guaratuba e estudam na Federal de Matinhos. Como a maioria deles estuda à noite, já aconteceu de perderem provas e voltarem quase 2h da manhã por causa da neblina, que trava o funcionamento do ferryboat por horas”, informou Alex Fatel, coordenador do Movimento Ponte de Guaratuba.

Segundo ele, o movimento iniciou em 2013 e tem monitorado a situação do projeto frequentemente.
“Inclusive, estamos animados este ano porque o município de Guaratuba colocou a ponte de ligação
com Matinhos como prioridade no Plano Diretor. Então, como a licitação do ferryboat está prestes
a vencer, poderemos ter mudanças em breve”, acredita.

Projeto

De acordo com a Prefeitura de Guaratuba, a ponte realmente foi  adicionada na revisão do Plano Diretor
este ano porque o município tem grande interesse no projeto. No entanto, ele só será aprovado após audiência pública em 2017 e precisa da parceria com o Governo Estadual e Federal para sair do papel.
A Tribuna também entrou em contato com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná
(DER-PR) para saber a respeito do andamento do projeto, mas, devido ao recesso de fim de ano, o órgão não conseguiu atender a equipe.

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