O governo vai aumentar a tarifa externa comum (TEC) para vários produtos dos setores têxtil e de confecções, calçados e móveis, anunciou nesta quarta-feira (14) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Segundo ele, a medida atende à reivindicação dos setores, que estão preocupados com a concorrência dos produtos importados. Furlan disse que, antes do final de abril, o governo brasileiro submeterá a proposta ao Grupo do Mercado Comum (GMC) do Mercosul, e, em 90 dias, há boa possibilidade de implementação da nova tarifa em 90 dias.

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"Estamos transformando o pleito setorial em linhas técnicas específicas da TEC", explicou. Segundo o ministro, o aumento da TEC já foi negociado pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, com os parceiros do Mercosul, e houve boa receptividade.

Furlan afirmou, também, que a taxa de câmbio já encontrou uma razoável estabilidade entre R$ 2,10 e R$ 2,20 por dólar e que diferentes setores da economia vêm procurando se adaptar à taxa de câmbio, tendo ganho de competitividade e produtividade.

Segundo o ministro, o reflexo disso é o sucesso do comércio exterior, que, conforme ele, ao contrário de algumas previsões, não entrou em colapso por causa do câmbio "e parece que não vai entrar nos próximos meses". Furlan alertou que é necessária a adoção de medidas que reduzam o custo da produção, a carga tributária, que desonere os investimentos, melhore a qualidade logística e reduza a burocracia.

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