O presidente da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Darcy Deitos, participou nesta semana de um curso de capacitação para cerca de 60 técnicos, de 15 municípios da região Oeste e Sudeste do Estado, que irão receber aterros sanitários nos próximos dois meses.
De acordo com o presidente da Suderhsa, o curso teve como objetivo qualificar os profissionais para a correta operação dos aterros. ?Um aterro bem operado tem vida útil de até 20 anos. Já um operado irregularmente pode ser utilizado por no máximo três anos?, explicou Deitos. Foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão na construção destes 15 aterros.
Os municípios beneficiados são: Medianeira, Engenheiro Beltrão, Iracema do Oeste, Laranjal, Moreira Salles, Ouro Verde do Oeste, Renascença, São Pedro do Iguaçu, Saudade do Iguaçu, Xambrê, Iguatu, Ramilândia, Serranópolis do Iguaçu, Cornélio Procópio e Nova Londrina.
Segundo Deitos, a Suderhsa é responsável pela elaboração dos projetos para construção dos aterros e ainda por capacitar gestores municipais para operação dos aterros implantados. ?Isso porque muitos municípios tiveram seus aterros transformados em lixões devido à falta de pessoas capacitadas para trabalhar na sua operação?, afirmou o presidente.
Os técnicos receberam orientações sobre drenagem e tratamento de chorume (para evitar a contaminação do lençol freático), e sobre a implantação de um programa de coleta seletiva pelos municípios. ?Os materiais recicláveis não devem ser encaminhados aos aterros; devem ser reaproveitados ou destinados às cooperativas para que sejam comercializados?, destacou Deitos.
?A coleta seletiva faz com que se leve ao aterro apenas 15% do lixo gerado diariamente pela população, triplicando a vida útil de um aterro e sem a necessidade de ampliações futuras?, completou.
Segundo o diretor de Saneamento Ambiental da Suderhsa, Jorge Augusto Callado, um dos maiores problemas com relação à má operação do aterro são seus custos para readequação.
?Em Pontal do Paraná, por exemplo, onde não há a coleta seletiva ? que no momento está sendo feita pelo IAP e Suderhsa – o Governo está investindo um alto valor para ampliar a área e vida útil do aterro. Isso porque, durante a temporada de verão, quando outros municípios acabam depositando seus resíduos no local e devido ao volume de lixo triplicar o aterro acaba virando um lixão novamente em pouco tempo?, exemplificou.
Os participantes também receberam um manual de operação e procedimento, elaborado pela Suderhsa, que irá auxiliá-los na gestão do aterro.
A ação faz parte do Programa Desperdício Zero, que tem como meta o fim dos lixões a céu aberto e reduzir em 30% o volume de lixo produzido no Paraná, que é de 20 mil toneladas/dia.