Governo treina bioquímicos para eliminar hanseníase no Paraná

A Secretaria da Saúde, em promoção da coordenação estadual do Programa de Eliminação da Hanseníase, iniciou nesta terça-feira (18) em Curitiba treinamento para ?Procedimentos laboratoriais nas baciloscopias de hanseníase?, técnica que consiste em procurar no microscópio os bacilos que causam a doença. A parte prática do treinamento ocorrerá nesta quarta (19) e quinta-feira (20), no Laboratório Central do Estado (Lacen), no Guatupê.

Do encontro participam mais de 120 bioquímicos e técnicos de laboratório das 22 Regionais de Saúde do Paraná, além de chefes de departamento, professores e alunos das faculdades de Farmácia e Bioquímica do Estado. O objetivo é atualizar os procedimentos de laboratório dos profissionais dessa área que desenvolvem atividades no Programa de Eliminação da Hanseníase no Paraná. Treinamentos para esses profissionais não ocorriam há aproximadamente dez anos no Estado, e a intenção do encontro é padronizar o exame de baciloscopia de hanseníase no Paraná.

?Com esse treinamento, queremos atender melhor os pacientes de hanseníase em todo o Estado e aperfeiçoar os métodos que os profissionais utilizam, visando a eliminação da doença?, enfatizou o secretário Cláudio Xavier. Segundo ele, em 2005, o Paraná alcançou 1,3 pessoa atingida para cada 10 mil habitantes, e está perto de alcançar a meta de um caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes, que é também a meta do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) como problema de saúde pública. Em 2004, havia 1,4 pessoa para cada 10 mil habitantes.

Na abertura do encontro, a diretora-técnica do Laboratório Central do Estado, Célia Fagundes da Cruz, lembrou que quanto mais conhecida for a doença mais fácil será eliminá-la. ?Participar do controle da qualidade é uma garantia que dá ao paciente a certeza de que vai ser melhor tratado. A população tem direito a um diagnóstico correto?, acrescentou.

A coordenadora do Programa Estadual de Eliminação da Hanseníase, Nivera Noemia Stremel, disse que o programa está caminhando bem, e destacou a atuação do CRE Metropolitano, em Curitiba, e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) no combate à doença, além da ONG NLR-Brasil e de outras entidades do setor.

Para a bioquímica monitora do Programa de Hanseníase do Lacen, Marília Nascimento, a capacitação tirará as dúvidas dos profissionais que já atuam na área e ajudará os novos a adquirir os conhecimentos das práticas de laboratório das baciloscopias. ?O treinamento vai ajudar no diagnóstico clássico dos pacientes, evitando erros e contribuindo para eliminar a doença no Estado?, concluiu.

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