O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encaminhou a documentação exigida pelo governo chinês para continuar importando soja geneticamente modificada do Brasil, suspensa temporariamente desde o mês passado. Os documentos do governo brasileiro referentes à soja transgênica venceram no dia 31 de dezembro de 2004
O chefe da Divisão de Acordos Sanitários e Fitossanitários do ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, diz que o documento não foi renovado porque o ministério aguardava a votação da lei de Biossegurança. "Queríamos incluir no texto da certificação esta lei. Como não foi votada, nós vamos utilizar o texto da medida provisória 223 para fazer a certificação", explica. A China só autoriza entrada de soja transgênica com certificado de segurança para consumo humano e para o meio ambiente.
O documento será assinado pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e pelo secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves. "O texto terá o parecer da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança)", assegura.
De acordo com Odilson, a soja exportada para aquele país é rotulada como transgênica caso haja qualquer traço de mutação no produto. "Como não há limite mínimo de tolerância, a soja brasileira é mandada como se fosse transgênica".
O Brasil tentará aumentar a porcentagem de tolerância. No próximo dia 15, técnicos do ministério da Agricultura e representantes de empresas privadas chegam à China para tentar aumentar o limite para 0,9%. O valor internacional máximo é de 1% em grãos misturados.
A soja exportada para a China movimentou US$ 2,115 bilhões no ano passado. No total, 6,6 milhões de toneladas do produto foram comercializadas.
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