O governo só se definirá sobre um novo relacionamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em fevereiro, quando termina o acordo. A informação é do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em entrevista logo após o evento ontem à noite em que foi homenageado como a "Personalidade do Ano" pela Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi), no Hotel Sofitel. Palocci não quis explicitar se há interesse do governo pela renovação do acordo ou não. "Isso será definido em fevereiro", comentou.

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Questionado sobre se sente pressionado pelos colegas do Partido dos Trabalhadores (PT) em busca de uma nova política econômica, o ministro disse que não. "Nenhum pouco pressionado. O presidente Lula, em particular, tem observado os acertos da política econômica, os resultados foram positivos e reafirmado o caminho que estamos seguindo".

Quanto aos desafios para 2005, Palocci afirmou que a prioridade do governo é continuar criando um ambiente favorável aos negócios e ao aumento da credibilidade do País. "Nós estamos aumentando a credibilidade interna e externa da política econômica, o que está se materializando em melhoria do emprego e renda", justificou.

A decisão do Banco Central de retomar a compra de dólares não significa que o governo vai intervir no mercado de câmbio, na sua avaliação. Segundo o ministro a decisão visa a reforçar a posição de reservas cambiais do País e segue uma diretriz que havia sido anunciada no início do ano.

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