Governo se movimenta no Senado para aprovar mínimo de R$ 260

Com a aprovação pela Câmara dos Deputados, na semana passada, da Medida Provisória que aumentou o salário mínimo para R$ 260, a base aliada do governo no Senado Federal tem agora a responsabilidade de conseguir o número mínimo de votos entre os senadores para garantir o valor do reajuste determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A exemplo do que aconteceu na Câmara, os líderes aliados no Senado já começam amanhã uma ofensiva para garantir os votos necessários à aprovação MP.

A estratégia de ?coleta de votos? terá início com reunião do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com as bancadas dos partidos que integram a base aliada ? PT, PSB, PTB, PL, PPS e PMDB. O ministro vai apresentar aos senadores números que levaram o governo a decidir pelo reajuste de R$ 20, que divide a própria base aliada do governo.

Vários parlamentares da base já anunciaram publicamente que vão votar contra o mínimo de R$ 260, como os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Pedro Simon (PMDB-RS). A expectativa da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti, é que a ofensiva do governo consiga mudar a posição de senadores que ainda não estão certos se vão apoiar os R$ 260 por temerem desgastes políticos em seus redutos eleitorais. ?O PT vai fazer o mesmo trabalho que fez na Câmara. Nós não iremos zerar (os votos contrários na base aliada), mas estou convencida de que não será o número que está por aí?, garantiu a senadora.

Na semana que vem, os líderes da base já convidaram o ministro da Previdência, Amir Lando, para uma nova conversa com as bancadas aliadas no Senado. O ministro de Coordenação Política, Aldo Rebelo, também vai atuar em paralelo mantendo conversas individuais com senadores para conseguir votos favoráveis ao governo. ?Os ministros terão um papel fundamental nessa negociação?, disse Salvatti.

Para garantir maioria absoluta, o governo precisa de pelo menos 41 votos favoráveis à MP do mínimo.

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