Governo rejeita acordo e mantém impasse sobre CPI

Os partidos aliados do governo na Câmara não aceitaram a proposta da oposição de suspender a obstrução em plenário em troca do adiamento da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do recurso contra a CPI do Apagão Aéreo. Após consultar os líderes da base e se reunir com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), afirmou que os aliados vão votar amanhã na CCJ o recurso do PT contra a instalação da CPI.

"Vamos votar amanhã e dar continuidade ao processo que começamos na CCJ", disse Múcio. Ele afirmou que se os aliados concordassem com a proposta da oposição, pareceria que os governistas estavam com medo e que defendiam o que não acreditam. Múcio afirmou que após a votação na CCJ os governistas poderão discutir alguma proposta de acordo com a oposição.

O vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), que defendeu o acordo com a oposição, explicou que a base estava dividida com relação a proposta de acordo. O PMDB foi um dos partidos que não concordou em negociar com a oposição. O líder do PFL na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), disse, após ser informado da decisão dos governistas, que "estão pintados para a guerra".

Quórum

Por causa do apagão aéreo, o quórum na Câmara hoje está baixo, 279 deputados haviam registrado presença na Casa. Em razão do pequena presença, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), teve que adiar as votações de hoje. Ele marcou uma sessão extraordinária para as 18h30. Diversos deputados têm telefonado para a secretaria da mesa informando que não conseguem chegar a Brasília por causa dos atrasos de vôo.

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