Brasília – O governo reviu de 4% para 3,2% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006. Também houve um corte de R$ 486,2 milhões na previsão de despesas dos ministérios. Os dados constam do relatório de avaliação de receitas e despesas relativas ao quinto bimestre de 2006.
O relatório, apresentado a cada dois meses aos poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério Público, traz as previsões do governo para as suas contas, com base em parâmetros atualizados. O objetivo é garantir o cumprimento da meta de superávit primário ? a economia feita para pagar os juros da dívida ? estabelecida em 4,25% na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006.
Em relação ao relatório anterior, a projeção para o PIB caiu de R$ 2,087 trilhões para R$ 2,071 trilhões. A previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,27% para 3,1%.
Da redução total, R$ 480,0 milhões são de responsabilidade do Poder Executivo e R$ 6,1 milhões dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União.
O relatório justifica o corte pela redução na estimativa da receita primária, líquida de transferências constitucionais e legais para Estados e Municípios, em R$ 709,4 milhões em relação à previsão contida no relatório anterior, divulgado em outubro.
Os principais decréscimos verificados ocorreram na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), na Contribuição para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e na Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Além disso, cresceram as estimativas de despesas, por causa do aumento de salários.