O Governo do Estado recorreu ontem contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região que suspendeu provisoriamente o processo de intervenção na gerência da Ferropar, empresa que administra os 248 quilômetros de ferrovias entre Guarapuava e Cascavel. Segundo o diretor administrativo-financeiro e jurídico da Ferroeste, Samuel Gomes, por um problema interno do Tribunal, a decisão do magistrado do TRF não levou em conta os argumentos do Governo do Estado.

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?Uma falha administrativa do Tribunal impediu que dez manifestações da Ferroeste, repletas de documentos, fossem juntadas aos autos. Agora que conhecerá as razões da Ferroeste, tenho a forte convicção de que o juiz mudará o seu entendimento que, aliás, não está fundamentado nos autos do processo?, explicou.

?É muito preocupante quando uma decisão judicial tomada na distante Brasília causa transtornos e prejuízos tão graves na vida real de uma sociedade e de uma economia. A simples leitura da decisão judicial demonstra que o magistrado não tinha à sua disposição os fatos e documentos necessários para formar um juízo prudente da situação?, acrescentou o diretor.

A intervenção, segundo Samuel, tem o objetivo principal garantir o transporte da produção do Estado e não serve como instrumento para a extinção do contrato.

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?A intervenção não tem por natureza servir de instrumento para a extinção do contrato. A intervenção se presta apenas a buscar estabelecer a prestação adequada do serviço e evitar prejuízos aos usuários, à economia e meio ambiente. A decisão judicial não causa qualquer prejuízo ao Governo, mas aos usuários, à economia, ao Paraná e ao Brasil, porque mantém paralisada e seqüestrada uma ferrovia que pode ser produtiva,? destacou.