Brasília ? Representantes do governo e da sociedade estão discutindo propostas para acabar com o trabalho escravo no país. O Ministério do Desenvolvimento Agrário em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está realizando seminários nos estados para analisar e propor soluções para o problema, ajustadas a realidade de cada região. A iniciativa faz parte das ações do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo elaborado há um ano pelo Incra e ministério.

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Um desses encontros já aconteceu em Marabá no Pará e estão previstos outros cinco para os estados da Bahia (11 e 12 de maio na Superintendência do Incra em Salvador), Mato Grosso, Piauí, Maranhão e Tocantins. Segundo o consultor jurídico do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Carlos Henrique Kaipper, os locais foram escolhidos por que à incidência do trabalho escravo é maior.

Kaipper informa que serão discutidas ações de prevenção e repressão do trabalho escravo e a inclusão social dos trabalhadores libertados. Para ele, as discussões são importantes para envolver toda a sociedade quanto à prevenção e repressão. "Para superar a existência desse crime no Brasil é necessário o comprometimento de todos os órgãos de governo e de toda sociedade civil. Essa parceria é fundamental, sem ela a gente não vai conseguir avançar", afirma.

De acordo com registros do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 1995 e 2006 mais de 18 mil pessoas foram libertadas da condição de trabalho escravo no país. Só neste ano178 trabalhos conseguiram a liberdade em oito operações feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério. Para os interessados em fazer denúncias de trabalho escravo na região onde você mora basta ligar de graça para o telefone 0800- 78-7000, no Ministério do Desenvolvimento Agrário.

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