Diante das queixas sobre os efeitos danosos do dólar barato e dos juros altos sobre a indústria nacional, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu fazer um acompanhamento detalhado de 20 a 30 setores durante este ano. Com base em uma cotação de dólar fornecida pelo governo, eles vão informar qual a estimativa de exportações em 2007 e esse dado será comparado com o resultado obtido ao fim do ano. Nos setores cujo desempenho ficar abaixo do previsto, será feita uma análise sobre as causas.
As razões são diversas. Para o setor moveleiro, por exemplo, a frustração nas expectativas de vendas está ligada ao real valorizado e à concorrência com a China. Para o setor de açúcar e álcool o problema é o custo da produção. "Não existe uma regra mas é claro que o câmbio é um fator importante", afirmou o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mario Mugnaini.
Levantamento semelhante foi realizado em 2006. "A maioria mostrou que o ano não foi tão ruim quanto esperavam", desse o secretário. O setor de petróleo e combustíveis, por exemplo, esperava exportar US$ 7,5 bilhões no ano passado, mas vendeu efetivamente US$ 13 bilhões. No setor de açúcar e álcool, as expectativas foram superadas. O mesmo ocorreu nos setores de papel e celulose, minérios e café.