Governo quer ampliar receita da pesca e fortalecer indústria naval

Brasília – A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República pretende ampliar a receita atual de R$ 5 bilhões por ano, obtida com a pesca marinha, para R$ 8 bilhões anuais, até 2011. Para tanto, começa a investir, já neste ano, R$ 300 milhões na construção e modernização de 55 embarcações, que vão atuar ao longo da costa brasileira. A informação é do ministro substituto da Pesca, Dirceu Lopes.

Para ele, a determinação governamental nesse sentido irá também fortalecer a construção naval e gerar empregos no setor. ?As perspectivas para o setor são muito boas?, afirma Lopes, explicando que existem muitas solicitações de informações por parte de estaleiros internacionais que pretendem atuar no Brasil.

Os recursos para a construção de 19 barcos pesqueiros, modernização e adaptação de outros 30, além da aquisição de seis unidades, sairão do Programa Nacional de Financiamento da Ampliação e Modernização da Frota Pesqueira Nacional (Profrota), em articulação com os fundos constitucionais de desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste.

Dirceu Lopes disse que os pedidos de habilitação ao financiamento e solicitação de permissão prévia de pesca podem ser feitos até março. Os editais com regras e informações para os interessados já estão disponíveis no endereço eletrônico da Secretaria de Aqüicultura e Pesca (www.presidencia.gov.br/seap). Os contratos serão pelo prazo de 18 anos, com juros anuais entre 7% e 12%, de acordo com a operação.

"A prioridade é a promoção do ordenamento pesqueiro sustentável?, acrescentou Lopes. O objetivo é reduzir a pesca de espécies em risco de redução de estoques. Por isso, parte do financiamento será direcionado à construção de 12 embarcações para substituir a pesca predatória de arrastão, no caso do camarão e da piramutaba, e de armadilha (espinhel vertical) na pesca do pargo

Parte dos financiamentos será destinada à pesca de espécies como atum, caranguejos de profundidade, caranguejo-real, polvo e sardinha, dentre outros. O ministro informou que a cota brasileira para pesca do atum, que era de 3,2 mil toneladas por ano até 2005, aumentou para 4,720 mil toneladas, ?o que já é uma elevação substancial rumo ao aumento de receitas que idealizamos?.

Sobre a frota atual de pesca oceânica, Lopes disse que  é ?pequena e desaparelhada?. Varia entre 25 e 30 barcos em operação efetiva, quando tem potencial, no momento, para mais de 70 embarcações em ?atividade plena? na plataforma marítima nacional.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo