Brasília – O secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Antonio Sérgio Martins Mello, disse que a proposta estudada pelo governo para ajudar o setor automotivo é ampliar de 30% para 60% o valor financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do total das exportações. Além disso, também está sendo avaliada a possibilidade de redução do spread cobrado pelo BNDES.
Mello disse que será criado um grupo com representantes do Ministérios do Desenvolvimento, Trabalho e Fazenda para discutir as medidas para os setor automotivo. Ele garantiu que a reunião realizada há pouco com representantes do Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a montadoras foi para discutir apenas a perda de competitividade das exportações devido ao câmbio valorizado. Ele informou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não concorda com a redução de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. No entanto, o secretário disse que o setor também pediu medidas que possibilitem o crescimento mais acelerado do mercado interno. Ao ser questionado quais medidas poderiam estimular a demanda interna, uma vez que não haveria desoneração tributária, Mello destacou que o governo terá que usar a criatividade.
O secretário afirmou ainda que a preocupação do setor automotivo é com o acordo bilateral que está sendo negociado com a Argentina já que 25% do total das exportações brasileiras de veículos vão para o mercado argentino. O governo argentino quer endurecer as regras para as exportações brasileiras. O governo brasileiro, por sua vez, quer a manutenção das regras em vigor no atual acordo que termina no dia 30 de junho.