Rio – A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) prevê para este ano um investimento de mais de R$ 20 milhões na recuperação da infraestrutura de 19 terminais pesqueiros do país. Nos três últimos anos, segundo o governo, já foram destinados R$ 59 milhões para terminais em várias cidades, como Laguna (SC), Manaus, Cabedelo (PB), Santos (SP) e Cananéia (SP).
O ministro da Seap, Altemir Gregolin, diz que a maioria dos terminais ficou abandonada nos últimos 20 anos. "É impossível pensar em pesca e captura sem ter um ponto de desembarque adequado. Normalmente isso é feito em terminais privados ou alguns públicos que não têm a condição necessária para acondicionamento, comercialização e aquisição do pescado de qualidade".
Mas a construção do terminal pesqueiro do Rio de Janeiro, no cais do Caju, no centro da cidade, deverá exigir outra suplementação, informa o ministro. Segundo ele, o Rio é o maior centro de comercialização de peixe do país, movimentando em torno de 300 toneladas por dia, e a construção do terminal pesqueiro vem sendo reivindicada há 30 anos, porque vai tirar da informalidade cerca de 70 mil pescadores.
Gregolin participou na semana passada da inauguração simbólica do terminal do Caju. Ele chegou ao local numa "barqueata", procissão tradicional em homenagem a São Pedro (padroeiro dos pescadores), que saiu da Ilha da Conceição, em Niterói. A cerimônia contou com a instalação de uma imagem de 1,10 m de altura do santo. Gregolin entregou novos registros de pescadores e apresentou ações de inclusão social, assistência técnica e concessão de crédito. Também houve distribuição de seis toneladas de peixe para comunidades carentes.
