O governo está fechando uma proposta, a ser enviada em breve ao Congresso, restringindo o direito de greve dos servidores em setores essenciais. A medida, anunciada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na viagem que ele fez há algumas semanas a Georgetown, onde participou de encontro do Grupo do Rio. As restrições devem alcançar setores básicos, como saúde, educação e previdência, mas, em época de crise aguda na segurança pública, as instituições policiais estão na mira do governo.
Lula lembrou que ninguém melhor do que ele, um ?metalúrgico? e ?ex-sindicalista?, para discutir restrições contra paralisações abusivas, que acabam afetando a população mais pobre. ?Cada um de nós paga o preço pelos exageros que cometemos?, afirmou na ocasião.
Encarregado de propor o texto, o ministro Paulo Bernardo, por sua vez, lembrou que é urgente regulamentar o direito de greve no setor público. ?Muitos acham que podem tudo, vamos impor limites?, disse.