O governo vai encaminhar ao Congresso Nacional um novo projeto de lei alternativo para substituir a Emenda 3, vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na última quarta-feira (4) que esse projeto será ?construído com toda a sociedade?. O primeiro projeto alternativo, enviado logo após o veto presidencial no mês passado, não agradou nem a parlamentares, nem a trabalhadores e empresários.
A justificativa é de que ele ampliou o poder discricionário dos fiscais da Receita Federal no trabalho de fiscalizar os contribuintes. Poder discricionário é aquele em que garante à administração pública, o direito de decidir sem a interferência do judiciário. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ministro já negociou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o adiamento da votação do veto do presidente, previsto inicialmente para meados deste mês.
Calheiros acertou com Mantega que vai segurar ao máximo a votação do veto, até que se consiga negociar uma proposta de consenso com todos os setores envolvidos. A Emenda 3 era um dispositivo incluído na legislação que cria a Super-Receita que proibia os auditores fiscais de multar e até desconstituir as empresas prestadoras de serviços, caso julgassem que o contrato de prestação de serviços estivesse disfarçando uma relação de emprego. A Emenda 3 reiterou que só a Justiça do Trabalho tem poder para interferir nos contratos e nas operações do profissional constituído como pessoa jurídica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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