O governo pretende fazer uma interface entre o modelo do sistema elétrico e o do gás, como todos os países fazem, informou hoje, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no 17º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro. Ela acrescentou que agora o governo pretende introduzir uma lei do gás para aumentar a oferta do combustível porque cria um mercado segundário no país. Trata-se de tornar esse gás passível de ser vendido sob uma forma interruptivel, explicou, como ocorre no setor elétrico, onde são feitas previsões de quando fornecer e quando interromper a energia.
Dilma afirmou que isso significa que o alto custo que é colocado na capacidade dos gasodutos será dimunído e otimizado. Ela salientou a necessidade de que haja nesse novo modelo do gás um operador que seja neutro em relação ao agente para asseguarar livre acesso e o regime de neutralidade dos contratos; seja por autorização ou concessão. A ministra assegurou que o país tem hidroeletricidade suficiente para poder pensar num mercao de gás de forma decente. O Brasil está construindo o seu mercado de gás que, ao contrário do que ocorre com o petróleo, é puxado pela oferta. Para aumentar essa oferta Dilma indicou que é preciso desenvolver as bacias e a infra-estrutura no país.
A ministra destacou ainda que esse modelo não implica o cancelamento das importações de gás pelo Brasil.