O governo abriu a possibilidade de permitir que os trabalhadores invistam de 10% a 20% do seu saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no mercado de ações. Essa proposta foi discutida nesta terça-feira (6) em reunião do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com representantes das centrais sindicais. A proposta não conta com a concordância de todas as centrais. Ela é defendida pela Força Sindical e pela CGT, mas conta com a oposição da CUT. Ficou acertado no encontro desta terça-feira que as centrais buscarão um entendimento entre elas até a próxima segunda-feira, quando terão um novo encontro com Marinho. Se as centrais conseguirem chegar a um acordo, a proposta poderá ser levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Marinho explicou que a decisão final sobre alterações no uso do FGTS caberá ao Congresso. Porém, considera importante um entendimento com as centrais sindicais porque elas também pressionam o Legislativo. O presidente da CGT, Canindé Pegado, disse que, se o governo concordar em autorizar o investimento em ações, a Central retirará seu nome da ação direta de inconstitucionalidade impetrada no Supremo Tribunal Federal contra a Medida Provisória que autoriza o uso do FGTS em fundos de investimento em infra-estrutura.

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