Brasília – Um novo modelo de universidade, voltado para a formação mais ampla e humanística (apelidado de Universidade Nova) tem apoio do Governo Federal. De acordo com o secretário substituto da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Manuel Palácios, as universidade têm autonomia para realizarem reformas no ensino.
?A intenção do MEC é apoiar as propostas que as universidade autonomamente produzem. Porque, muita vezes, o investimento necessário é para reformular a infra-estrutura dos campus, as salas de aula?, afirma Palácios.
?Se você muda as estratégias de ensino precisa de mais bibliotecas, mais espaços para os estudantes desenvolverem suas atividades. Nesse sentido, é importante o aporte de recursos e há previsão para isso?.
Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ênio Candotti, o atual modelo de educação é rígido e não permite aos alunos conhecerem outras áreas de atuação.
?Essa construção em blocos permite a um biólogo passar para a matemática e o matemático se dedicar às engenharias e isso é muito bom?, avalia o pesquisador. ?Essa Universidade Nova é um convite a pensar um mundo de maneira como o pensamos, mas compartilhar essa discussão e fazer com que ela seja colocada como questão principal na mesa dos educares, dos planejadores, dos políticos e dos próprios mestres professores e estudantes?.
Algumas universidade já adotaram o novo modelo de ensino superior. É caso da Universidade Federal do ABC, em São Paulo, que oferece a formação em bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia. Outras 17 universidade federais estão avaliando a proposta e três delas estão colocando a idéia em prática, como a Federal do Piauí, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal da Bahia.
