O governo norte-americano financiará o treinamento de juízes no Brasil para que estejam capacitados a lidar com casos envolvendo pirataria e violação de propriedade intelectual. A Casa Branca aprovou um orçamento de US$ 3 milhões que serão distribuídos nos países onde os problemas são mais sérios, como China, Rússia, Nigéria, Paraguai, Índia e África do Sul, além do Brasil.
O dinheiro vem de um fundo estabelecido para combater a criminalidade nos Estados Unidos. No caso do Brasil, o País foi escolhido por ser considerado um local problemático para as marcas norte-americanas. O Brasil receberá US$ 130 mil para o treinamento sobre como melhor aplicar as leis contra pirataria e fazer valer as punições. Uma das críticas dos americanos é a falta de recursos para treinar a polícia e a Justiça.
Segundo um recente estudo feito pela Comissão Européia, a Justiça no País é "lenta e ineficaz" ao tratar desses problemas. As penas são curtas e não inibem a produção e venda de bens falsificados. Com o treinamento financiado para juízes e procuradores, Washington espera corrigir tais problemas.
O Paraguai também receberá dinheiro dos Estados Unidos. Cerca de US$ 334 mil serão destinados para criar um centro de estatísticas sobre propriedade intelectual e o estabelecimento de uma unidade de investigação contra a pirataria. O país vizinho é usado como uma das rotas por traficantes para trazer bens falsificados ao Brasil e Argentina.
No caso da China, campeã de todos os tipos de pirataria, o dinheiro americano ainda será usado para ajudar Pequim a montar um esquema para melhor identificar os casos de violação de patentes e marcas.
