Governo negocia aprovação do orçamento com o Congresso

O governo federal busca um acordo com a oposição para aprovar o Orçamento Geral da União. Após pedido do presidente Lula, o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Tarso Genro, se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com líderes da base governista e da oposição, para acertar os últimos detalhes para a aprovação do Orçamento Geral da União para 2006 ainda pelo Congresso Nacional.

"Da nossa parte todas as questões que foram levantadas, que foram questões transparentes, passíveis de serem atendidas e de interesse público nós resolvemos", disse o ministro, ao justificar que do seu ponto de vista a aprovação do Orçamento deverá ocorrer hoje, "mas essa é uma decisão soberana do Congresso". Segundo o ministro, todas as conversações convergiram para um acordo político para a votação do orçamento o mais breve possível.

O líder do governo no Senado, Aloísio Mercadante (PT-SP), que participou da reunião disse acreditar que as divergências entre governo e oposição para aprovação do Orçamento tenham sido superadas e que há todas as condições para a aprovação da proposta. Segundo ele, faz algum tempo que os aliados do governo estão prontos para aprovar o Orçamento.

"É inaceitável, estarmos terminando abril sem o Orçamento aprovado. Estamos discutindo interesses regionais e particulares e não as grandes questões nacionais", desabafou o líder ao afirmar que o Brasil precisa ter o orçamento aprovado até 31 de dezembro do ano anterior.

Ontem, a oposição (PFL e PSDB) afirmou que o governo precisava ceder em pelo menos quatro outros pontos. Aumento da verba para a construção do gasoduto Coari-Manaus, que, segundo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), estaria com verba reduzida este ano.

Virgílio citou também a garantia de recursos para o projeto de irrigação do estado da Bahia e a liberação de mais verbas para Sergipe. Os dois estados são administrados por governadores filiados ao PFL, de oposição.

De acordo com o senador, o estado de Sergipe vem sofrendo perseguição pelo atual governo. Virgílio também citou a falta de verbas para o Pan-Americano, que ocorre ano que vem na capital do Rio de Janeiro, cidade administrada por César Maia, também filiado ao PFL.

"Resolvendo isso e mais algumas pendências, estaremos aqui para ajudar a aprovar o orçamento, inclusive dando votos contra eventuais parlamentares que venham para cá na ultima hora com questões individuais", afirmou.

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