Governo não está adotando uma posição de apoio a Severino, diz ministro

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Jacques Wagner, insistiu hoje que o governo não está adotando uma posição de apoio ao presidente da Câmara Severino Cavalcanti, mas sim mantendo uma "relação institucional" visando apurar as denúncias e obter uma solução rápida para os obstáculos que seja restabelecida a normalidade no Congresso Nacional. Segundo ele, o governo tem mantido a posição de não opinar sobre o assunto, deixando essa discussão a cargo do próprio Congresso Nacional.

"A posição do presidente Lula, portanto a minha, como secretário de Relações Institucionais, é muito clara: esta é uma matéria do Congresso. Nós entendemos que não deve haver pré-julgamento e a preocupação central do executivo é que a solução, seja ela qual for, seja a mais rápida possível, para que a Câmara possa ter sua normalidade institucional e, portanto votar matérias de interesse do País, da sociedade e do governo" afirmou Wagner, que participa na manhã de hoje de um debate sobre reforma política promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Wagner, que se encontrou ontem com Severino antes da entrevista coletiva onde se defendeu da denúncia de que recebeu propina para prolongar a concessão do restaurante na Câmara, disse que a conversa foi solicitada pelo próprio presidente da Câmara e teve como assunto apenas o foi explicitado posteriormente à imprensa. "Eu sou, em nome do governo, o responsável pela relação com os outros poderes. Portanto, ele Severino, como presidente da Câmara veio conversar comigo e falou aquilo que, depois, foi externado publicamente, que ele se sente caluniado e que iria sustentar essa posição até o final com elementos de prova", afirmou Wagner, lembrando que o governo tinha um outro candidato para ocupar o posto de Severino e por isso não tem motivos para manter um outro tipo de relação com ele. "A relação com o presidente Severino é uma relação institucional".

De acordo com Wagner, está em curso um "jogo maniqueísta" para dizer quem está a favor ou contra do presidente da Câmara em um momento em que o importante é assegurar que o País aprenda com a crise que atravessa. "Turbulências ou crises como as que acontecem no Brasil acontecem em outros países. O importante é ter responsabilidade para aprender com os erros e a democracia sair mais forte dessa crise. Não se trata de responsabilizar", disse o ministro, citando a oposição como um dos personagens por esse cenário. "A oposição faz o jogo. Agora, é preciso que esse jogo seja feito limitado no bom senso."

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