O chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro José Dirceu,
reconheceu hoje que o governo não assentou o número de famílias que estava
previsto. Nos dois anos de governo Lula, foram assentadas 117 mil famílias,
quando a meta era de 175 mil.
O ministro explicou que o governo recebeu
uma herança complicada sobre os assentamentos e que Lula decidiu priorizar o
atendimento aos assentamentos abandonados, o que, segundo ele, foi uma decisão
corajosa, com "um custo político", mas que foi feita. "Não é o que precisávamos
assentar. A meta era de 145 mil. Temos consciência disso, mas é o que o país
pode fazer, dentro das possibilidades que o país tem", ressaltou.
Ao
discursar na 11ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
Dirceu justificou os aumentos dos gastos públicos para a modernização do país.
"Faço essa prestação de contas e fiz referência à questão da carga tributária e
aos gastos governamentais, porque é verdade que precisamos discutir com
transparência a estrutura tributária brasileira", disse.