Governo lança novo edital para obras de integração da Grande Curitiba

O edital de licitação para a construção de dois terminais de transporte coletivo – um em Roça Grande e outro em Guaraituba, ambos no município de Colombo – e de 11 trechos de vias, parte do Programa de Integração do Transporte Coletivo da RMC- PIT, vai ser lançado novamente ainda este mês. O anterior foi cancelado pelo governo do Estado porque nenhuma das empresas se enquadrou no preço máximo. "O empresário tem que ver que esta é uma oportunidade de investimento. Vamos fazer uma ampla divulgação, inclusive em outros estados brasileiros", disse o secretário de Estado de Assuntos Metropolitanos Edson Strapasson.

A Secretaria de Assuntos Metropolitanos utiliza a tabela do DER para estabelecer os valores no edital de licitação. As obras estão orçadas em R$ 70 milhões e devem levar cerca de um ano para serem executadas. "Temos como parâmetro preços regionais, que comprovam que os valores propostos no edital são os praticados no mercado", afirmou Strapasson.

O secretário acredita ainda que foi a instabilidade econômica que atrapalhou a concretização das propostas. "As empresas, com medo de investir, acabaram apresentando preços muito altos. Só que é melhor neste caso ter bom senso do que ter todo o maquinário parado por falta de obras", ponderou.

A integração do transporte coletivo de Curitiba beneficia mais de 274 mil passageiros metropolitanos por dia em uma rede que conta atualmente com 18 terminais e 197 linhas em funcionamento.

Contorno ferroviário

O convênio para a execução das obras do Contorno Ferroviário, numa extensão de 44 quilômetros, desviando o ramal que passa dentro de Curitiba, deve ser assinado ainda este mês com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes. "Há um ano o governo do Estado vem manifestando seu interesse nessa questão, que começou de forma errada, com a assinatura de um convênio com o município de Curitiba, quando vários outros municípios estão envolvidos", disse o secretário.

A obra vai custar em torno de R$ 100 milhões, com uma contrapartida do Estado de 20%, e deve levar aproximadamente três anos para ser executada. "Há ainda um longo caminho a ser percorrido até o início da obra. Precisamos realizar uma audiência pública para obter a licença ambiental e precisamos realizar o processo licitatório", explicou Strapasson.

Para amenizar o problema, a Secretaria de Estado de Assuntos Metropolitanos vai propor à empresa que explora a linha férrea, a ALL (América Latina Logística), que melhore a sinalização do trajeto, diminuindo a poluição sonora. "Com cancelas mais modernas, o incômodo que o apito do trem causa para aproximadamente 250 mil habitantes de Curitiba poderá ser reduzido", disse o secretário.

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