As Cartas da Eliminação da Hanseníase contêm informações resumidas sobre o quadro epidemiológico da doença e um mapa que mostra a prevalência da hanseníase nas microrregiões dos estados. Até o final de 2005, outras três edições das Cartas serão enviadas aos gestores.
O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou que as cartas serão úteis para que os gestores desenvolvam estratégias para combater a doença e para as pessoas saberem onde podem ser atendidas. A cada três meses será divulgado os novos casos diagnosticados, as pessoas que foram curadas e o número de municípios que têm condições de fazer o diagnóstico e tratamento da doença.
?As Cartas vão fornecer informações importantes para que os secretários estaduais e municipais tomem decisões que permitam enfrentar a doença. Também vão permitir que a própria população acompanhe o processo de andamento da nossa luta pela eliminação da hanseníase?, disse Costa.
Dados do ministério da Saúde informam que mais de 60% dos municípios brasileiros têm casos de hanseníase. Em 2003 foram registrados cerca de 80 mil, dos quais cerca de 50 mil foram casos novos. Para o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, se o problema da infra-estrutura for resolvido será possível alcançar a meta do governo de eliminar a doença como problema de saúde pública até o final de 2005.
?Se nós conseguirmos expandir rapidamente essa capacidade já instalada, conseguiremos aproximar o diagnóstico e tratamento das pessoas que precisam e acabar com a transmissão dentro da família e da comunidade?, informou o secretário.
Atualmente, o Brasil apresenta taxa de prevalência de 4,5 pacientes para cada 10 mil habitantes. Nas regiões brasileiras, as prevalências são de 11,44 no Norte, 8,75 no Centro-Oeste, 6,73 no Nordeste, 2,40 no Sudeste e de 0,79 no Sul do país. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença só pode ser considerada eliminada quando a prevalência for de menos de um caso entre 10 mil pessoas.
A hanseníase tem cura se for descoberta precocemente e tratada. Qualquer mancha clara e com perda de sensibilidade na pele deve ser considerada suspeita. Nesse caso, é preciso procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico. O tratamento é gratuito.
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