A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do programa Desperdício Zero, lança este mês campanha educativa para alertar a população quanto aos riscos à natureza e à saúde provocados pelo uso de pilhas e baterias falsificadas. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, o Paraná é o primeiro Estado do país a promover uma campanha como esta.
Nesta quarta-feira, o coordenador do programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, reuniu-se com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica (Abinee), Jaime Cynamon, e outros representantes do segmento para discutir o desenvolvimento da campanha.
A campanha pretende focar na conscientização dos consumidores quanto aos perigos do uso de pilhas falsas. Serão destacados assuntos como a toxidade dos metais utilizados na fabricação do produto falso, credibilidade dos revendedores, locais de recolhimento, entre outros. ?Cada pilha falsificada é oito mil vezes mais tóxica que as originais e devemos alertar a população sobre os riscos destes produtos falsos?, alertou o coordenador do programa.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica (Abinee), uma em cada três pilhas comercializadas é falsa. Dudas explicou que a responsabilidade sobre a destinação final de pilhas e baterias é do fabricante do produto ? responsabilidade estabelecida através da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº257/99.
?Porém hoje ocorre um impasse em relação ao destino final, uma vez existe no mercado um montante de 400 milhões de pilhas falsas que são comercializadas de forma irregular?, informou o coordenador.
Nos próximos dias, a Secretaria do Meio Ambiente estará solicitando ao Ibama o cadastro de todas as empresas importadoras de pilhas e baterias, juntamente com o respectivo CNPJ, para realizar um levantamento das empresas que estão realizando a importação destes produtos e se estes atendem os parâmetros da Resolução Conama 257/99, através de dados laboratoriais.