Cálculos da Secretaria da Saúde apontam que desde fevereiro até agora mais de 70 toneladas de lixo hospitalar das unidades de saúde do Governo do Paraná tiveram destino final correto. Isso faz com que os resíduos não prejudiquem a saúde pública e também o meio ambiente. A estimativa é baseada apenas nos resíduos gerados em Curitiba e na Região Metropolitana. Essa quantidade daria para encher duas carretas de oito eixos, já que cada uma tem capacidade estimada de carregar 36 mil quilogramas.
?Saímos na frente na questão do lixo e não nos acomodamos. Continuamos organizando eventos e ações que auxiliem todos a darem a destinação correta para os resíduos?, disse o secretário Cláudio Xavier. No início do ano a Secretaria promoveu um pregão eletrônico e técnico para modificar o sistema de recolhimento do lixo hospitalar de suas unidades próprias. Desde janeiro, quando saiu na frente em relação à questão do lixo hospitalar, o tema é discutido à exaustão em todo o Estado.
Um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde foi elaborado em conjunto por técnicos das unidades com a Diretoria de Vigilância e Pesquisa em Saúde. Hoje uma empresa é designada para fazer a desinfeção do lixo hospitalar com resíduos biológicos para depois dar um destino final. Os que tiverem componentes químicos deverão ser incinerados ou depositados em aterros de resíduos perigosos.
Para auxiliar na resolução da questão dos resíduos hospitalares, que agora determina que os geradores devem dar destino final ao lixo, a Secretaria realizou diversos eventos por todo o Estado discutindo e apresentando a questão para a sociedade e órgãos responsáveis. ?Isso é saúde preventiva. A Secretaria já fez a sua parte, dando a destinação correta para os resíduos gerados pelas nossas unidades próprias. Mas queremos ir além e auxiliar neste processo para que ele ocorra da melhor maneira possível?, disse o secretário Cláudio Xavier. ?Não só as pessoas serão beneficiadas, mas também o meio ambiente?, frisou.
Outro evento promovido pela Secretaria e que termina nesta quinta-feira (9) é a Oficina de Resíduos dos Serviços de Saúde. No encontro estão sendo discutidas e apresentadas todas as questões referentes ao assunto, para promover e treinar profissionais de todo o Estado que estejam envolvidos com a questão.
Uma resolução conjunta entre as Secretarias da Saúde e do Meio Ambiente também está sendo utilizada no processo de destinação final destes resíduos. Os secretários Cláudio Xavier e Luís Eduardo Cheida assinaram termo que organiza o processo de elaboração, análise a aprovação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS) que os geradores do lixo devem apresentar para se enquadrar na lei.
Lixo hospitalar
A resolução 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que até junho deste ano todos os estabelecimentos de assistência à saúde tenham plano de gerenciamento de resíduos com tratamento e disposição final adequados à legislação do meio ambiente e da saúde. Com isso espera-se impedir o lançamento de resíduos perigosos em lixões a céu aberto, o que vinha acontecendo freqüentemente e colocando em risco o solo, a população e o meio ambiente. Esta resolução é complementada pela do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), de número 358/05, que estabelece a responsabilidade do gerador por todas as fases do processo de gerenciamento do seu lixo.