Brasília – O governo inicia neste mês o programa de inserção internacional da pequena e média empresa, em parceria com a União Européia. Segundo o secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Jairo Klepacz, o objetivo é "promover e apoiar a expansão e diversificação das exportações de empresas, com ênfase em produtos de maior conteúdo tecnológico".
Na primeira etapa, a ser iniciada na próxima semana, o projeto prevê o incremento de intercâmbio entre as empresas do Brasil e União Européia. O orçamento para esta etapa é de 3,6 milhões de euros.
Ao mesmo tempo, o governo vai investir 4,8 milhões de euros na formação de um sistema de informação e inteligência comercial para que os exportadores brasileiros conheçam o mercado europeu. Também está previsto o investimento de 4,8 milhões de euros na adoção de serviços de metrologia e avaliação de conformidade de produtos com normas e regulamentos técnicos e medidas sanitárias e fitossanitárias.
"Com isso, a pequena e média empresa vai aprender sobre os requisitos internacionais focados, principalmente, para o mercado europeu", comentou Klepacz.
Na segunda etapa, serão 3,6 milhões de euros destinados à capacitação de empresários, técnicos e agentes de comércio exterior. "Estamos trabalhando para que isso efetivamente seja o instrumento que vai capacitar esse segmento, que é a base da economia brasileira, para competir no mercado internacional".
Jairo Klepacz participou, nesta tarde, da 8ª Reunião do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Na mesma reunião, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, informou que o governo pretende ampliar para US$ 2 bilhões, até 2007, as exportações do setor de software.
Furlan disse que o Brasil ocupa a sexta colocação entre os maiores produtores do setor, mas ressaltou que as exportações do segmento ainda são muito tímidas. "Pretendemos ultrapassar, este ano, os US$ 500 milhões e alcançar um patamar superior a isso nos próximos anos". Ele lembrou que o segmento de informática permite uma certa flexibilidade na produção e na execução, porque basta estar "plugado" em uma rede para o empresário vender seus produtos. "É também um setor que gera empregos e dá oportunidades aos jovens", completou.