O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, e o chefe da Divisão de Cooperação Técnica e Acordos Sanitários Internacionais, Odilson Ribeiro, embarcam hoje para a China em uma ofensiva para reverter decisões do governo chinês de suspensão de importações de soja brasileira. Eles vão se reunir em Pequim com autoridades da Administração Geral de Supervisão de Qualidade e Quarentena para apresentar os termos da Instrução Normativa nº 15, que estabeleceu os índices de tolerância para contaminação da soja, e pedir a reabilitação das empresas brasileiras que se acham impedidas de exportar o produto para a China.
Os problemas começaram em abril, quando os chineses recusaram seis carregamentos brasileiros de soja, totalizando 359 mil toneladas. Os chineses alegaram que grãos sadios de soja estavam contaminados com sementes tratadas com os fungicidas Carboxin e Captan.
A missão brasileira também vai solicitar a vinda de técnicos chineses ao Brasil para fazer uma pré-inspeção nos carregamentos de soja antes do embarque. Rússia e Estados Unidos já fazem pré-inspeção nas carnes e mangas brasileiras, respectivamente, e o Brasil na maçã e na pêra importadas da Argentina.
Os secretários de Agricultura, Odacir Klein, e de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Luiz Roberto Ponte, além do presidente da Cooperativa Tritícola Ijuí (Cootrijuí), Carlos Domingos Poleto, acompanham os técnicos do Ministério da Agricultura na viagem à China.
Apesar de o site do Ministério da Quarentena ter publicado hoje uma lista com mais 15 empresas brasileiras impedidas de vender soja para a China, o ministério brasileiro ainda não recebeu comunicado do governo chinês sobre a proibição. ?Essa notícia necessita de oficialização. Caso se confirme, a situação é grave, delicada e preocupante? enfatizou o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano.
As sete equipes da Delegacia Federal de Agricultura do Rio Grande do Sul, que formaram a força-tarefa de fiscalização do complexo soja no estado, finalizaram hoje suas atividades. Nas vistorias realizadas em caminhões, vagões de trem, terminais de portos e silos, os 25 fiscais agropecuários encontraram 130.450 toneladas de soja com suspeita de contaminação. O produto teve sua comercialização suspensa.
Foram coletadas nove amostras, compostas de 36 subamostras que serão analisadas em laboratórios oficiais ou credenciados pelo ministério. A força-tarefa atuou nos municípios de Cruz Alta, Santa Rosa, Passo Fundo, Jaguari e Rio Grande.
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