O setor empresarial representou aproximadamente 50% do público participante das Conferências Regionais de Meio Ambiente realizadas em Londrina e Cornélio Procópio. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo Cheida, que abriu os dois eventos, considerou como uma vitória do governo a adesão dos empresários.
Em apenas um dia os eventos reuniram cerca de 500 pessoas, que participaram espontaneamente apresentando propostas e soluções para problemas ambientais comuns à região. ?A política de Meio Ambiente do Paraná necessita da participação do setor empresarial para a elaboração de propostas que garantam a exploração consciente dos recursos naturais e a conscientização sobre o cumprimento da legislação ambiental?, disse Cheida.
Ele ainda disse que está havendo uma diversificação de segmentos presentes aos eventos, se comparado ao público das Conferências realizadas em 2003, onde a maioria dos participantes possuía envolvimento com o setor ambiental. Atualmente os três principais segmentos representados nas conferências são os movimentos sociais e setor empresarial, além de representantes do governo.
?A adesão de diversos setores aos Programas Ambientais de governo demonstra a representatividade do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e suas autarquias: Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa)?, afirmou Cheida. Segundo ele, desde 2003 a política governamental vem sendo reestruturada visando a parceria e orientação da sociedade nas ações ambientais.
Entre os assuntos mais debatidos durante o evento em Londrina estão a questão dos transgênicos e a implantação do Jardim Botânico no município, que recebeu avaliação positiva dos participantes. ?O Jardim Botânico está sendo recebido de braços abertos pela população?, disse o secretário.
Com relação aos organismos geneticamente modificados, Cheida destacou que o empresariado reivindicou o ?livre arbítrio? para a produção de transgênicos, solicitando a liberação de plantio no Estado. A maioria dos participantes votou contra a liberação e a proposta não foi aprovada para ser encaminhada à Conferência Estadual. ?Este resultado nos mostra que o governo está no caminho certo quando proíbe a produção destes produtos?, afirmou o secretário.
