O sétimo e último encontro da Rede de Governo Paraná (RGP) deste ano reuniu nesta sexta-feira (2) cerca de 900 agentes da administração de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais. A Rede de Governo, lançada oficialmente em Faxinal do Céu em julho, teve outras seis reuniões regionais nas cidades de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Guarapuava, Cascavel e Francisco Beltrão. No total, os eventos reuniram mais de três mil agentes de governo da administração direta e indireta do Estado, como Sanepar, Copel e Detran.
?Quem trabalha há muitos anos no governo sempre ouviu reclamações de pessoas dizendo que uma área não sabe o que a outra faz. A Rede de Governo foi criada justamente para gerar idéias, produzir informações e unir as pessoas?, disse o coordenador da RGP e vice-governador Orlando Pessuti. Segundo ele, a RGP é uma forma de acompanhar o cumprimento do programa de governo, como, por exemplo, o aumento em cinco vezes dos recursos destinados ao transporte escolar, de acordo com os compromissos assumidos pelo governo Requião. Lembrou ainda que o número de vagas no sistema penitenciário vão passar de 7 mil para 17 mil até o final do governo.
O chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, disse que o espírito da Rede nasceu da constatação obtida nas reuniões em várias regiões do Estado de que os núcleos de governo no interior não se relacionavam. ?Não há como imaginar um governo dividido por secretarias. O governo é um todo?, lembrou.
Caíto citou como obra de todos o fato de a tarifa social da Sanepar, que oferece descontos de até 70% na água e esgoto para os mais pobres, fazer uma transferência de renda de cerca de 200 mil salários mínimos por ano. ?Por isso, nosso governo tem a aprovação de 82% da população. Nós resgatamos o Estado para quem mais precisa do governo?.
Diante dos números de aprovação do governo, Nizan Pereira, secretário especial de Assuntos Estratégicos, observou que ?quando as políticas públicas deste governo são atacadas, não é o governo que está sendo atacado, mas, sim, toda a população?.
O tom político foi marcado pelas críticas contra o neoliberalismo. O secretário dos Transportes, Waldir Pugliesi, disse que o neoliberalismo afasta o Estado de suas competências. ?Se fosse no sistema neoliberal, a Sanepar jamais abriria mão de seus lucros para transferir renda para 342.756 famílias, que hoje pagam uma tarifa menor. Também na Copel temos 237 mil famílias beneficiadas pelo programa Luz Fraterna, que não cobra nada pela energia elétrica?. Pugliesi também teceu críticas ao lucro dos bancos e ao pagamento dos juros da dívida que alcançam hoje a mais de R$ 1,3 trilhão.
O secretário da Comunicação, Airton Pisseti, destacou a importância da Rede de Governo mostrando o alcance do noticiário de rádio, que hoje chega a mais de 1,5 milhão de pessoas. Ele disse ainda que a RGP é uma forma econômica, eficiente e rápida de prestar contas à população e chamou o trabalho da RGP de marketing de rede.
Participaram ainda da reunião os secretários Padre Roque (Trabalho), Milton Buabsi (Relações com a Comunidade), Vera Mussi (Cultura), Aldo Parzianello (Justiça), Celso Caron (Turismo) e o diretor do DER, Rogério Tizzot.
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