“Governo foi submisso na questão da Bolívia”, diz Alckmin

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (21), em entrevista concedida à Rádio Capital AM, que o governo federal não agiu de maneira correta quando a Bolívia decidiu, em maio, nacionalizar as reservas de gás e petróleo. Segundo Alckmin, o governo foi "dúbio e submisso", o que fez com que o episódio fosse muito ruim para o Brasil, que fez altos investimentos em solo boliviano, por meio da Petrobras. "O governo brasileiro foi dúbio, foi submisso e tinha que ter sido duro, exigindo que os contratos fossem respeitados", disse.

Durante a entrevista, o ex-governador paulista também criticou o que chamou de "ingerência política" do Executivo nas agências reguladoras brasileiras e o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reajuste de 16,6% para os aposentados, que o Congresso embutiu na medida provisória de reajuste do salário mínimo. O candidato tucano disse que faria "o possível" para conceder este aumento e destacou que, se as finanças da Previdência forem recuperadas, inclusive com a atração de mais trabalhadores para o emprego formal, haverá mais dinheiro para os aposentados.

Alckmin prometeu que, se eleito, reduzirá os juros e os impostos criará mais empregos e investirá mais em estradas e portos, o que fará com que a indústria nacional seja mais competitiva. Segundo ele, o atual quadro econômico nacional, com "juros e impostos altos", além do real valorizado, teria provocado uma invasão de produtos chineses no País e o aumento do desemprego em diversos setores. "É crise na indústria de sapatos, crise na indústria têxtil e os produtos chineses invadindo aqui", observou.

Entre as idéias apresentadas para a redução de impostos, o presidenciável tucano citou a que reduz os tributos dos componentes que fazem parte dos itens de fabricação de ônibus, como peças e pneus. De acordo com ele, isso reduziria a carga tributária sobre a passagem dos ônibus e beneficiaria os usuários do meio de transporte.

Questionado sobre a segurança, área em que recebe as maiores críticas quanto ao seu governo no Estado de São Paulo, Alckmin prometeu que, caso eleito, resolverá os problemas de segurança por meio de medidas, como a fiscalização de fronteiras, para evitar o contrabando de armas e o tráfico de drogas; combate à lavagem de dinheiro; luta para modificar a legislação penal, considerada por ele "muito dura" com os crimes menores e "fraquinha" com o crime organizado; aumento de liberação de recursos para a segurança; e integração de inteligência e banco de dados de todas as policias estaduais.

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