Governo fez opção pela distribuição de renda, diz Lula no rádio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje no programa semanal de rádio "Café como o presidente" que o aumento do salário mínimo, de R$ 300 para R$ 350, já a partir de primeiro de abril, e a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 8%, desde fevereiro, são a prova de que seu governo fez a opção pela distribuição da renda.

"Ao invés de ficar esperando crescer para distribuir, nós estamos distribuindo para crescer. Por isso aumentamos o salário mínimo, por isso nós temos o Bolsa-Família, por isso temos um forte programa na educação, que é para garantir uma justa distribuição, porque isso vai fazer a economia brasileira crescer", afirmou Lula.

Entrevistado domingo à noite pelo apresentador de rádio Luiz Fara Monteiro para o programa "Café com o presidente", Lula disse que o aumento real de 13% do mínimo em 2006 foi o maior dos últimos 10 anos. "(Os trabalhadores) sabem que o aumento real de 13%, numa inflação de 4,5% é um aumento considerado muito bom", disse Lula.

De acordo com o presidente, o reajuste do salário mínimo vai injetar na economia brasileira aproximadamente R$ 15 bilhões "Isso vai dinamizar ainda mais o poder de compra dos trabalhadores, ainda mais o comércio".

Para dar exemplo de ganhos reais para o trabalhador, Lula lembrou a época em que tomou posse, em primeiro de janeiro de 2003. "Quando nós tomamos posse, o salário mínimo dava para comprar pouco mais que uma cesta básica, por exemplo, 1,3 cesta básica. Hoje, o salário mínimo pode comprar duas cestas básicas. Um pouco mais até: 2,2 cestas básicas, ou seja, significa que praticamente dobrou o poder aquisitivo do trabalhador brasileiro no que diz respeito à cesta básica", disse Lula.

Para ele, esse é um ganho "extraordinário". "Significa que a pessoa está levando para casa mais comida, portanto, seus filhos vão ter mais sustança para sobreviver dignamente neste País".

A respeito da correção na tabela do Imposto de Renda para a Pessoa Física representa um ganho sobretudo para o trabalhador de classe média baixa, operários, bancários, porque durante o governo de Fernando Henrique Cardoso foram feitos apenas dois reajustes.

"O que nós fizemos, em 2005, foi uma correção de 10%. Em 2006, fizemos uma correção de 8% e pretendemos continuar fazendo as correções que forem necessárias para que possamos fazer, com a política de Imposto de Renda, justiça social, ou seja, cobrar mais de quem ganha mais e favorecer aquelas pessoas que ganham menos, porque não é justo que um trabalhador, por fazer uma hora-extra a mais no final do mês, tenha que pagar Imposto de Renda daquele trabalho que ele suou para ganhar".

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