Governo Federal retoma campanha de combate à tuberculose

Brasília (AE) – O governo precisa fazer o diagnóstico precoce da tuberculose e estimular as pessoas a concluírem o tratamento, disse hoje o ministro da Saúde, Humberto Costa. Segundo o ministro, o número de vítimas da doença ainda é muito elevado. Por ano, cerca de 6 mil brasileiros morrem em decorrência das complicações da doença.

Como parte dos preparativos para o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, em 24 de março, Humberto Costa e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, anunciaram que o governo vai reapresentar a campanha publicitária "Tuberculose tem Remédio", com o ator Pedro Cardoso. O objetivo da campanha é incentivar todas as pessoas que apresentam tosse ininterrupta há mais de três semanas, sintoma que pode indicar a contaminação pelo bacilo de Koch, a procurar atendimento médico.

O Ministério da Saúde quer, com isso, detectar mais rapidamente os casos de tuberculose e incentivar a população a não desistir do tratamento. Segundo o ministro, há muita desinformação a respeito da tuberculose e isso prejudica o combate à doença. A tuberculose é transmitida pelo paciente ao falar, espirrar ou tossir, por meio das gotas de secreção que são lançadas no ar pelas vítimas da doença.

Costa disse que o Programa Nacional de Controle da Tuberculose contará com R$ 119,5 milhões até 2007. "Mas, se for necessário, vamos destinar mais recursos", prometeu o ministro. Segundo Jarbas Barbosa, a preocupação do governo é com o trabalho de convencimento dos pacientes a concluir o tratamento. Isto porque a interrupção da medicação sem orientação médica deixa o organismo resistente às drogas usadas contra a tuberculose. Para combater a doença, que atinge todos os órgãos, em especial os pulmões, o tratamento deve durar seis meses.

Pelo menos 12% das pessoas doentes abandonam a medicação. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil faz parte do grupo dos 22 países que concentra 80% dos casos de tuberculose no mundo. O objetivo do governo é detectar, no mínimo, 70% dos casos e curar 85% dos identificados. Atualmente, o governo registra 71% de casos de cura.

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