Valentina foi inocentada na sexta-feira da acusação de liderar uma seita que emasculava e matava crianças. Outros acusados pelos crimes, entre eles dois médicos, foram condenados e presos.
As investigações serão feitas devido à suspeita de quebra da incomunicabilidade dos jurados durante o julgamento. O governo federal pede, em documento assinado na terça-feira, que a promotora Rosana Cordovil requisite à Polícia Federal e à Polícia Civil paraense a apuração dos fatos.
O pedido é assinado pela subprocuradora-geral da República Maria Eliane Menezes, também procuradora federal dos Direitos do Cidadão, pelo assessor do Ministério da Justiça Douglas Martins e pelo chefe da ouvidoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Pedro Montenegro.
Os sete oficiais de Justiça responsáveis pela vigilância dos julgados também deverão ser investigados e, assim, como os jurados, podem ter os sigilos bancário e telefônico quebrados, conforme o encaminhamento solicitado à promotora.
A promotora apresentou ainda na quinta-feira no Tribunal de Recursos do Pará a um pedido de anulação do julgamento, com a alegação de que a decisão dos jurados contraria as provas contidas nos autos. (Reuters)
