Governo federal economiza R$ 520 milhões com pregão eletrônico

A compra de materiais e serviços pelo governo federal por meio do pregão eletrônico resultou em uma economia de R$ 520 milhões aos cofres públicos em 2005, em relação ao ano anterior, informou hoje (2) o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna.

A aquisição de bens por meio da internet é cerca de 20% mais barata para a administração pública do que as modalidades tradicionais de compra, como carta-convite ou tomada de preços, disse ele. Para as empresas, o pregão também é mais vantajoso porque dispensa, entre outros, gastos com deslocamento físico de dirigentes até a sede do órgão comprador.

Apesar da ênfase no benefício financeiro do mecanismo, o ministério não conseguiu identificar em seu levantamento se houve redução nas quantidades de produtos adquiridos em 2005 ante 2004, o que influenciaria a economia divulgada. "São cerca de 52 mil itens comprados pela administração federal e isso torna difícil uma análise muito detalhada", explicou.

Santanna apresentou um indicativo de que as compras podem ter sido maiores no ano passado: os processos administrativos somaram 38.805 em 2005 ante 36.774 no ano anterior. "Mesmo não sendo possível discriminar, temos aí um aumento de 6%."

O uso do pregão eletrônico pelo governo federal tornou-se obrigatório em junho de 2005, sempre que for comprado um bem ou serviço "de uso comum e padronizável" – combustível para carros oficiais, materiais para escritório, para hospitais e escolas públicas, certos tipos de medicamentos. O governo mantém hoje um cadastro de 232 mil empresas fornecedoras, a maioria pequenas e médias.

"O processo é mais simples administrativamente, menos oneroso e mais transparente, porque o pregoeiro não conhece os fornecedores e vice-versa", disse Santanna. No pregão, as compras demoram em média 17 dias, ante 90 dias em uma tomada de preços ou seis meses em uma concorrência.

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