Governo federal diz que alta do álcool deve ser revertida

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamar os usineiros de "heróis", o governo federal ignorou a disparada no preço do álcool combustível nas usinas paulistas, maior centro produtor e consumidor do combustível no País. De acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), nas duas últimas semanas o preço do álcool anidro, misturado à gasolina, subiu 27,3% nas unidades produtoras e custa R$ 1,07 o litro. Já o preço do litro do hidratado aumentou 18,5% em igual período e foi cotado na última semana a R$ 0,96 em média.

O diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan Filho, não soube explicar o motivo do aumento, disse que o governo poderia até chamar os usineiros para conversar, mas admitiu que o início da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul pode baixar os preços do álcool, ou seja, adiar um possível enquadramento do setor sucroalcooleiro.

Cerca de 20 usinas das mais de 200 da região já estão moendo a próxima safra de cana-de-açúcar, que começa oficialmente em 1º de maio. "Não vai dar tempo nem de haver uma crise que a situação será resolvida", disse Bressan, que, no entanto, espera marcar uma reunião, nas próximas semanas, entre os usineiros e o recém-chegado ministro da Agricultura Reinhold Stephanes para um primeiro contato entre ambos. "Não podemos fazer nada, a não ser conversar; mas entendemos que com o novo ministro está difícil de marcar alguma coisa, porque a agenda está corrida", completou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo