Governo federal acredita que nova safra reduz preços do álcool

Aparentemente, o governo jogou a toalha e acredita que só a entrada da safra 2006/07 de cana-de-açúcar reduzirá os preços do álcool nas usinas e também nos postos de gasolina. Para uma fonte do Ministério da Agricultura, "o tempo é o melhor remédio". "Só a safra fará os preços recuarem", comentou. Para esse interlocutor, os preços devem começar a cair em meados de abril. "No final de abril, com certeza, os valores do anidro estarão bem baixos", disse. As previsões indicam valor inferior a R$ 1,00 por litro em abril e de até R$ 0,75 por litro no final de maio e começo de junho.

Na semana passada, a cotação do anidro chegou a R$ 1,17 por litro e do hidratado, R$ 1,20 por litro em São Paulo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). No caso do anidro, que é misturado à gasolina, o governo fechou no mês de janeiro um acordo com os usineiros para venda do litro a R$ 1,05 por litro nas usinas, antes dos impostos.

Depois que os empresários do setor sucroalcooleiro admitiram que o acordo não seria cumprido, o governo anunciou duas medidas para impedir a escalada dos preços. A primeira foi reduzir, a partir de 1º de março, de 25% para 20% a mistura de álcool anidro combustível à gasolina. A redução valerá pelo menos até dezembro. Com a mudança, o governo calculou queda no consumo para 400 milhões de litros de álcool anidro, economia de cerca de 100 milhões de litros por mês.

A segunda foi a redução de 20% para zero da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de álcool. Essa medida não tem efeitos práticos, pois não há fornecedores com capacidade de vender álcool para o Brasil. Os preços de venda ao Brasil também inviabilizam o negociação.

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