Governo faz agenda de negócios com os EUA

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está elaborando uma agenda com os Estados Unidos para ser implementada a partir de 2005, disse hoje, em Campinas, o ministro Luiz Fernando Furlan. “Traremos oportunidades para empresas tanto de lá como de cá”, afirmou. Ele explicou que “em duas ou três” reuniões ocorridas nos últimos 90 dias, com as autoridades americanas, foram elaborados tópicos para estimular o comércio bilateral.

“Os Estados Unidos continuam sendo o maior investidor no Brasil e são também o maior cliente dos produtos de exportação brasileiros, e nós estamos crescendo abaixo da média brasileira no comércio bilateral e nos investimentos”, alegou Furlan. Ele comentou que o Ministério está trabalhando com o governo americano “para ter no nosso segmento de atuação uma agenda positiva”.

O ministro comentou que também em 2005 deverá ser retomada a discussão sobre a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). “Na minha última ida a Washington, no dia 1º do mês passado, por ocasião da reunião do FMI, todo o governo americano estava voltado para eleições e disse que após as eleições, inclusive com o remanejamento de alguns dirigentes, nós vamos precisar sentar e rediscutir a Alca”.

Embora esteja prevista para o ano que vem, a discussão pode ser retomada ainda na segunda metade deste mês, segundo o ministro, com a vinda prevista do presidente norte-americano George Bush a uma reunião no Chile, da qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também poderá participar. “Talvez surja uma oportunidade de uma conversa”, indicou.

Furlan participou da Reunião de Cúpula Global 2004, sediada pela primeira vez no Brasil, em Campinas, que reuniu cerca de 300 pessoas de 38 países para discutir e fomentar iniciativas de empreendedorismo social. A cúpula é organizada pela Fundação Schwab. Dos 80 membros apoiados pela fundação no mundo, nove são brasileiros.

Durante sua palestra no encontro, o ministro felicitou a fundação por aproximar o debate do local onde ocorrem os problemas. “Somos um País que tem frações de primeiro, de segundo e de terceiro mundos. Obtivemos extraordinária evolução em alguns sentidos”, disse.

O voluntariado é uma área, conforme Furlan, na qual o Brasil precisa prosperar muito. Ele aproveitou para defender a extinção dos subsídios agrícolas dos países ricos. “Eliminar os subsídios é uma bandeira mais potente que uma centena de iniciativas”, afirmou.

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