O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) deverá, até o final do ano, obter um superávit primário (receitas menos despesas, descontados os gastos com juros) de R$ 39,2 bilhões, o equivalente a 2,45% do PIB (Produto Interno Bruto).
O valor anunciado hoje pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, é R$ 3,2 bilhões superior ao previsto na lei orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado.
A estimativa era de que o governo central economizasse R$ 36 bilhões ou 2,25% do PIB. É essa diferença a explicação para parte do corte promovido hoje pelo governo no orçamento geral da União.
Outra parcela do corte orçamentário – R$ 2 bilhões – é explicada pela correção das estimativas para o valor do PIB deste ano. A lei orçamentária previa que o PIB chegaria a aproximadamente R$ 1,5 trilhão. Agora, o governo estima em R$ 1,6 trilhão a produção de riquezas em 2003. A simples correção da projeção obrigou o governo a contingenciar os outros R$ 2 bilhões do Orçamento.