A reforma agrária foi o tema principal de uma reunião de trabalho realizada hoje entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o assessor especial José Graziano, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, e os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Fazenda, Antônio Palocci, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.
De acordo com o porta-voz-adjunto da Presidência da República, Rodrigo Baena Soares, foram discutidas soluções para o financiamento dos títulos da dívida agrária e formas alternativas de disponibilizar recursos para garantir a aquisição de terras.
Em 2004, a meta de assentar 115 mil famílias acabou não sendo alcançada. Até dezembro, cerca de 81 mil famílias tinham situação fundiária regularizada. Para 2005, a meta é semelhante à do ano passado. Por enquanto, o orçamento para a aquisição de terras está calculado em R$ 1,7 bilhão e cerca de R$ 2 bilhões foram contigenciados.
Além de estudar formas para ampliar os recursos para aquisição de terra, o governo quer reduzir o tempo de resgate dos títulos entregues aos donos de terras desapropriadas. Muitos ex-proprietários levam hoje até 20 anos para receber o pagamento pela terra. Apenas as benfeitorias são ressarcidas no ato da desapropriação.