O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse nesta segunda-feira (20) que a grande inovação do pacote em estudo pelo governo virá dos fundos de infra-estrutura. Segundo ele, está em estudo a possibilidade de atrair investidores pessoa física. "O investidor de caderneta de poupança, por exemplo, que acumula permanentemente durante cinco ou dez anos, pensando em quando se aposentar, pode ser trazido para uma iniciativa que crie emprego diretamente", explicou o ministro, afirmando que ainda está sendo discutida a formatação do fundo de infra-estrutura.
Ele, no entanto, argumentou que é preciso criar outros sistemas que aumentem a poupança nacional e que, ao mesmo tempo, estimulem os investimentos. Ele disse acreditar que os fundos de infra-estrutura, dependendo de como forem formatados, poderão multiplicar a oferta de crédito em condições de capital de risco como foi feito nos fundos imobiliários. Além disso, Furlan acredita que havendo isenção de tributos sobre o rendimento desses fundos, eles poderão competir com os fundos de renda fixa. "Eles poderão ter um rendimento menor, mas ainda assim o rendimento líquido será muito favorável", defendeu.
Furlan disse ainda que embora não esteja participando das discussões sobre a reforma da Previdência, a proposta em estudo pelo governo é muito boa e tem como objetivo melhorar a eficiência do sistema. E não basicamente de uma reforma.
O ministro esteve no encerramento do seminário promovido pelo Sebrae sobre Arranjos Produtivos Locais e, durante o seu discurso, afirmou que a equipe de governo tem insistido com o presidente Lula que o Brasil "tem andado numa terceira marcha e precisa passar a quarta e a quinta". Segundo ele, o caminho já está traçado porque as condições macroeconômicas são extraordinariamente positivas, os pilotos são bons e os veículos estão em condições.