A partir do dia 8 de abril, se tornará público o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies), que mapeia as iniciativas do setor no país. O sistema foi criado pelo Ministério do Trabalho em parceria com o Fórum Brasileiro de Economia Solidária. O Sies ficará disponível no endereço www.sies.mte.gov.br.

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Roberto Marinho, coordenador de divulgação da Secretaria Nacional e Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, acredita que o mapeamento vai mostrar o que é a economia solidária aos grupos que desenvolvem atividades econômicas solidárias, como cooperativas e associações, mas não sabem disso.

Em entrevista à Rádio Nacional AM, Marinho destacou que até o final de 2005, 1,5 milhão de pessoas encontraram na economia solidária uma alternativa de trabalho e de obtenção de renda. O mapeamento mostra que, dos 15 mil empreendimentos solidários, 44% estão localizados no Nordeste do Brasil.

Os dados revelam também que 64% desenvolvem principalmente atividades ligadas à agricultura, pecuária, extrativismo, pesca, e que 37% da economia solidária desenvolvem atividades urbanas de indústria e artesanato. "A importância é muito grande porque gera riquezas, divisas, mas principalmente alternativas de vida para as pessoas que fazem parte dela,"acrescentou.

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Marinho ressaltou que essas atividades, realizadas de forma associativa e cooperativa, de produção, beneficiamento de produção, comercialização de produção, de crédito de finanças e de trocas realizadas por trabalhadores do campo e da cidade ainda são pouco conhecidas como economia solidária no Brasil.

"Essas formas associativas, grupos informais de mulheres e de produção, clubes de troca e cooperativas de crédito se organizam de forma que você não tem um trabalhador, empregado ou patrão. Todos são responsáveis pela administração dessas atividades e os resultados, distribuídos entre os associados".

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Ele negou, porém, que a economia solidária seja uma resposta ao desemprego. "A idéia do governo federal é fortalecer a economia solidária como alternativa de trabalho, de renda, de inclusão social pela via do trabalho e geração de renda, que não são menores que a do emprego formal".

Para o coordenador, as associações e cooperativas, que gerem solidariedade entre esses trabalhadores, é a saída dentro da legalidade para retirar trabalhadores que vivem na informalidade e no trabalho individual.